
O serviço de pay-per-view Premiere, da Globo, alcançou uma marca histórica de 2,7 milhões de assinantes no último trimestre — o maior número desde sua criação em 1997. A conquista é resultado de uma estratégia agressiva de redução de preços e integração com o Globoplay, que tornou o acesso aos jogos do Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e torneios estaduais mais acessível ao público. As informações foram publicadas pelo portal F5, por Gabriel Vaquer.
Apesar do crescimento expressivo, a emissora enfrenta um obstáculo preocupante: a pirataria. Segundo Manuel Belmar, diretor de produtos digitais da Globo, a cada cinco pessoas que assistem ao Premiere, quatro não pagam pela assinatura, o que representa um prejuízo estimado de R$ 500 milhões.
🎯 Estratégias que impulsionaram o crescimento
- Redução de preços: O pacote mensal do Premiere via Globoplay custa R$ 59,90, mas pode cair para R$ 29,90 na modalidade anual.
- Venda direta ao consumidor: A Globo passou a comercializar o serviço sem intermediários, eliminando repasses às operadoras e tornando o produto mais competitivo.
- Integração com streaming: A presença no Globoplay ampliou o alcance digital e facilitou o acesso para quem já utiliza a plataforma.
🚨 Pirataria: o vilão invisível
Mesmo com a expansão da base de assinantes, a Globo não consegue converter esse crescimento em rentabilidade. A pirataria de transmissões esportivas no Brasil tem se tornado um problema sistêmico. Belmar fez um apelo às ligas de futebol: “Ajudem a gente a combater a pirataria. Nós estamos sozinhos”.
A facilidade de acesso a transmissões ilegais, muitas vezes por meio de redes sociais e aplicativos clandestinos, compromete o modelo de negócios da emissora e ameaça a sustentabilidade da cobertura esportiva profissional.
O caso do Premiere escancara um dilema enfrentado por empresas de mídia em todo o mundo: como equilibrar acessibilidade com proteção de conteúdo. A Globo, apesar de inovar na distribuição e precificação, precisa de apoio institucional e tecnológico para enfrentar a pirataria.
Enquanto isso, o consumidor consciente tem um papel fundamental: valorizar o conteúdo oficial e entender que o acesso gratuito e ilegal pode comprometer a qualidade e a continuidade das transmissões esportivas.
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