
Foto: Reprodução
A TV Globo ingressou com uma ação judicial contra a operadora de telecomunicações Oi, alegando o não pagamento de valores referentes ao licenciamento de canais e do serviço de streaming Globoplay. A dívida, segundo a emissora, ultrapassa os R$ 160 milhões, e o processo tramita na 14ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A informação foi publicada pelo jornalista, Gabriel Vaquer, do F5.
📌 Entenda o motivo da ação judicial
De acordo com documentos obtidos pela imprensa, a Globo afirma que a Oi deixou de cumprir obrigações contratuais desde julho de 2024, interrompendo os repasses financeiros relacionados:
- Ao licenciamento de canais de TV por assinatura, como Multishow, SporTV, Telecine e Megapix;
- Ao acesso ao Globoplay oferecido aos clientes de internet banda larga da Oi.
A emissora alega que tentou resolver a situação de forma extrajudicial em duas ocasiões, mas a Oi teria deixado de assinar os acordos propostos, especialmente após a venda de sua operação de TV por assinatura, concluída em março de 2025.
💰 Valor da dívida e tentativa de acordo
A Globo afirma que a Oi chegou a realizar depósitos parciais no valor de R$ 43 milhões, referentes apenas ao licenciamento dos canais Telecine. No entanto, esse montante não cobriria os juros e correções previstos em contrato, tampouco o valor total da dívida acumulada.
Após a venda da operação de TV paga, a Oi emitiu um termo de quitação, alegando que os pagamentos realizados seriam suficientes para encerrar a obrigação. A Globo, por sua vez, contesta essa interpretação e solicita que a dívida seja paga fora do processo de recuperação judicial da operadora, já que os valores foram contraídos após a homologação do plano de recuperação.
🗣️ Posicionamento das partes
Globo: não comentou publicamente o processo, mas afirma nos autos que não teve alternativa senão recorrer à Justiça para garantir o cumprimento do contrato.
Oi: declarou que ainda não foi notificada oficialmente sobre a ação e que não comenta processos judiciais em andamento.
Além disso, o caso pode influenciar futuras negociações entre emissoras e operadoras, especialmente em um cenário de transformação digital e migração de conteúdos para plataformas OTT (Over-the-Top).
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