Copa 2026 na Record? Emissora monta plano para compra de jogos


Foto: Divulgação

O cenário das transmissões da Copa do Mundo FIFA 2026 no Brasil pode ganhar um novo e poderoso concorrente. A área comercial da Record está com um plano avançado para tentar adquirir um pacote de direitos de transmissão do Mundial, que, pela primeira vez na história, será disputado em três países-sede: Estados Unidos, México e Canadá. A informação, inicialmente divulgada pelo jornalista Gabriel Vaquer no portal F5, agitou os bastidores da mídia esportiva nacional e promete redefinir a forma como o público brasileiro acompanhará o maior torneio de futebol do planeta.

Conforme apurado, o ambicioso projeto de viabilização comercial para a compra de uma fatia dos direitos de transmissão da Copa do Mundo 2026 será levado à cúpula da emissora na próxima sexta-feira, 13 de junho. A reunião contará com a presença de figuras-chave da Record, incluindo Alarico Naves, o superintendente comercial que tem a responsabilidade direta pela aquisição de direitos esportivos. A luz verde para o avanço das negociações com a FIFA dependerá de uma análise rigorosa que comprove a viabilidade financeira do investimento e o potencial de retorno satisfatório para a empresa, considerando o alto valor envolvido em eventos dessa magnitude.

Atualmente, o panorama dos direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2026 no Brasil já tem um player consolidado: a TV Globo. A emissora já detém metade das partidas do torneio, com exclusividade em todas as plataformas (TV aberta, TV por assinatura e streaming). No entanto, o gigantismo do próximo Mundial é sem precedentes. Com um total de 104 jogos (o maior número da história), a competição deixa 52 partidas ainda disponíveis para negociação no mercado. A Livemode, uma empresa com vasto conhecimento e experiência no setor esportivo e de streaming, é a representante oficial da FIFA nessas tratativas de venda dos pacotes de direitos remanescentes.

O grande trunfo na defesa dos apoiadores da aquisição da Copa dentro da Record reside justamente na exclusividade desses 52 jogos. A argumentação interna é que ter um pacote de partidas inéditas para o público brasileiro colocaria a emissora em pé de igualdade com a Globo em determinados horários e confrontos. Isso representaria um diferencial poderoso e altamente atrativo nas negociações com o mercado publicitário e potenciais patrocinadores, que buscam visibilidade em grandes eventos esportivos para alcançar milhões de consumidores. A promessa de jogos exclusivos pode ser o chamariz para um retorno financeiro significativo.

Apesar do otimismo que cerca a possibilidade de adquirir esses direitos, a Record analisa a situação com bastante critério e cautela. A Copa do Mundo, por ser um torneio de "tiro curto", com duração de pouco mais de um mês, impõe um desafio comercial único. As entregas comerciais, que envolvem a monetização do evento através de publicidade e patrocínios, teriam que ser realizadas em um espaço de tempo muito reduzido. Isso impede uma diluição dos investimentos ao longo de uma temporada, como ocorre com outras competições esportivas de maior fôlego e duração prolongada. Essa concentração de custos e receitas exige um planejamento e uma estratégia comercial impecáveis.

A decisão da Record de entrar ou não de vez na disputa por essa fatia dos direitos da Copa do Mundo FIFA 2026 promete movimentar o mercado de transmissões esportivas no Brasil. Caso a aquisição seja concretizada, ela certamente oferecerá mais opções e formatos de consumo para o apaixonado torcedor brasileiro, ampliando o acesso ao maior espetáculo do futebol mundial em TV aberta.

Os olhos agora se voltam para a próxima sexta-feira, 13 de junho, quando a cúpula da Record se reunirá para analisar a viabilidade do projeto. É nesse dia que o futuro da transmissão do maior evento de futebol mundial na emissora começará a ser delineado, podendo iniciar uma nova era de competição e oportunidades no cenário da mídia esportiva.

Post a Comment

Deixe seu comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem