Já não é novidade que o público brasileiro redescobriu o país através da TV paga. Com a entrada em vigor da lei 12.485, em 2012, os conteúdos nacionais ganharam mais visibilidade – e os de boa qualidade subiram a audiência de alguns canais. E pelo menos dois deles, hoje, são totalmente dedicados à produção feita no país.
Embora esteja no ar há 16 anos, foi só após a chamada Lei da TV Paga e quando sua distribuição passou a ser feita pela Globosat que o Canal Brasil passou a se destacar nas grades das principais operadoras. Além de exibir filmes brasileiros do passado, o canal começou a investir em atrações novas de produtoras independentes. É o caso de Almanaque Musical, que marca a estreia da comediante Marisa Orth como apresentadora. Com seu conhecido humor escrachado, ela vai receber convidados como Seu Jorge, André Abujamra e Charles Gavin, numa série de 12 programas.
Ao mesmo tempo, o Canal Brasil participa da produção de 19 longas-metragens, programados para ir ao ar até 2015: Olho Nu, cinebiografia sobre o cantor Ney Matogrosso; Gata Velha Ainda Mia, com Regina Duarte e Bárbara Paz; e uma trilogia de ficção protagonizada por Mariana Ximenes e Leandra Leal.
Mais ousado é o Curta!, canal que se destaca pelos documentários dedicados a grandes figuras da cultura brasileira. Nos últimos meses, suas audiências mais altas foram Os Doces Bárbaros e Cartola – Música para os Olhos; além de outros sobre o ator Paulo Gracindo, o geógrafo Milton Santos e o cardeal Don Hélder Câmara. E o que vem por aí segue na mesma linha: documentários sobre a atriz Leila Diniz, a cantora Carmen Miranda, o político Tancredo Neves e o economista Celso Furtado, entre outros, além de uma série em 11 episódios com o título Os Anos 80 Estão de Volta. “Já não temos conteúdo pronto suficiente para atender os horários temáticos”, diz Julio Worcman, diretor do Canal.
O que está chegando
É só prestar atenção no que os canais anunciam para o segundo semestre. Universal estreia Cinelab, sua primeira produção nacional; Viva comemora a chegada de Meu Amigo Encosto, primeira série de ficção produzida pelo canal; no TLC, já está no ar Albergue Carioca, parceria com a produtora Cara de Cão; FX anuncia Politicamente Incorreto, para exibição juntocom ohorário político obrigatório, em setembro.
E o GNT, campeão de estreias em agosto, vem com a nova fase de Sessão de Terapia, antes adaptada de produção israelense, agora com conteúdo 100% original. Quem acompanha o canal sabe que as séries de ficção nacional estão na essência da programação desde o final de 2012. Mais de 16 milhões de pessoas assistiram às séries em 2013, diz a GNT, que mantém a proposta este ano, garante Mariana Novaes, gerente de marketing.
Além das novas regras legais, conta também a grande receptividade das operadoras aos conteúdos produzidos no Brasil. “Verificamos a necessidade do público brasileiro contar com produções nacionais de padrão internacional”, diz Gustavo Leme, diretor-geral da Fox, que mantém parcerias com diversas produtoras independentes.
fonte tv por assinatura
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