A licitação das quatro novas posições orbitais de satélite geoestacionário que está na rua -e com previsão de abertura das propostas no dia 6 de maio – vem com uma posição orbital a menos – a de 92 graus Oeste – . Esta posição, que estaria à venda, foi retirada da lista pela Anatel, porque ela já tem um dono, a Embratel. E isto foi feito não porque a Anatel ou a Embratel quisessem se antecipar ao leilão. Mas sim porque a Embratel precisava de uma compensação, já que ficou sem uma sição orbital, comprada na última licitação promovida pela agência.
Isto quer dizer que a Anatel vendeu, literalmente, um “buraco negro” na licitação anterior? Não. Na verdade, é que entre o espaço sideral e a Terra, há muito mais do que a vã filosofia pode supor.
A posição orbital vendida – e tida como uma das melhores que o Brasil tinha à époc era a de 68 graus Oeste para a banda C e banda Ku. Só que os países Andinos – Bolívia, Colômbia, Equador e Peru – uniram-se para lançar seu próprio satélite geoestacionário, na posição 67 graus Oeste, também em banda Ku, irradiando para o mesma região.
Como esta proposta de um satélite Andino era antiga, os países vizinhos tinham preferência sobre o pleito brasileiro. O prazo de sete ano, estabelecido pela União Internacional de Telecomunicações para que um satélite seja lançado, já havia se esgotado quando a Anatel vendeu a posição 68. Mas a UIT resolveu prorrogar por mais três anos o direito dos Andinos, que acabaram lançando o seu satélite em 2010, inviabilizando o satélite brasileiro, pois haveria uma grande interferência entre os dois, separados apenas por um grau de diferença.
A consequência é que o Brasil vai perder três anos para ter um novo satélite em banda Ku. Este foi o prazo concedido pela Anatel para a Embratel lançar a sua banda Ku na nova posição 92. A Anatel, ao autorizar a troca, fala para a empresa se empenhar em lançar este satélite até janeiro de 2016, pois é nesta data que o Brasil perde o direito de preferência sobre esta posição orbital.
fonte telesíntese
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