No entanto, o GFK ainda irá manter a divulgação dos dados de audiência em pontos, como faz o Ibope, porque essa é a cultura do mercado brasileiro. Porém seu painel em tempo real dirá às emissoras quantas pessoas estão vendo o programa, não quantos pontos ele tem.
Futebol em casa
Outra novidade na medição que o instituto alemão trará para o Brasil, será a inclusão de visitantes de uma casa, até o limite de nove pessoas. Por exemplo, se você faz parte da amostra do GFK e recebe amigos para assistir uma partida de futebol, terá que informar ao peoplemeter (aparelho de medição da audiência) quantas pessoas estão vendo o jogo com você.
Porém, o GFK não irá medirá audiência em locais públicos, como bares.
A tecnologia do instituto capturará tudo o que for consumido pelo televisor (computadores e celulares não farão parte das medições iniciais). Programas gravados e vistos em plataformas de VOD (video on demand) também serão considerados na audiência. Será possível também saber quantas pessoas estão vendo conteúdo pela internet em televisores conectados, mas sem idenficar o conteúdo. Programas gravados e assistidos meia hora depois serão agregados no relatório consolidado do dia seguinte.
O GfK promete uma medição mais robusta do que a do Ibope. Serão 6.000 domicílios e 16.000 mil aparelhos instalados, ou seja, uma média de quase três peoplemeteres por casa. O Ibope mede audiência em 4.500 residências no país. Em São Paulo, a medição será feita em 1.300 casas, quase o dobro do Ibope (750).
Momento histórico
Nos próximos dias, o GfK começa a montar a base estatística de sua medição. Serão 80 mil famílias nas 15 maiores regiões metropolitanas do país. Dessas 80 mil residências, sairão as 6.000 que comporão a base de medição.
As negociações entre as quatro redes e o GfK começaram há um ano. Do lado brasileiro, foi fundamental a intermediação do publicitário Fabio Wajngarten, da empresa Controle da Concorrência. O interesse da Record foi decisivo, mas a empolgação de Amilcare Dalevo, presidente da Rede TV!, um entusiasta de tecnologia, também pesou muito.
A entrada do GfK no Brasil é um momento histórico para a televisão do país. Trata-se de um concorrente de fato ao Ibope, uma empresa que fatura 1,7 bilhão de euros por ano e emprega 13 mil pessoas.
Com informações do jornalista Daniel Castro.
fonte tv em foco.
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