
A ação, liderada pela Justiça argentina, contou com a colaboração técnica de LALIGA, ALIANZA, NAGRAVISIÓN e Telecom Argentina. A Motion Picture Association (MPA) também participa do processo.
“Esta operação marca um antes e depois na luta contra a pirataria digital na América Latina. A magnitude dessa rede mostra que a fraude audiovisual é um problema de crime organizado transnacional. Na LALIGA, seguiremos trabalhando com as autoridades, com a ALIANZA e nossos parceiros para proteger a indústria, os clubes e, sobretudo, os torcedores”, afirmou Javier Tebas, presidente da LALIGA.
Uma rede criminosa global com centro de operações na Argentina
A investigação revelou um esquema de serviços ilegais de IPTV que distribuíam conteúdos audiovisuais de forma fraudulenta, operando sob marcas amplamente conhecidas no mercado pirata.
Os mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juizado de Garantias nº 4 de San Isidro, foram resultado da investigação conduzida pela Promotoria de Cibercrimes de San Isidro, Buenos Aires (UFEIC), e foram cumpridos em quatro prédios comerciais de alto padrão na cidade de Vicente López (Província de Buenos Aires), com execução da Polícia de Investigações da Província de Buenos Aires (DDI de San Isidro).
Entre os serviços ilegais desarticulados estão plataformas como: My Family Cinema, TV Express, Eppi Cinema, Weiv TV, Red Play, Duna TV, Boto TV, Break TV, VTV, Blue TV, Super TV Premium, HOT, ONpix, PLUSTV, Mix, Venga TV, ALA TV, Pulse TV, Football Zone, Nossa TV, MegaTV+, Cineduo, Megamax+, GTV, Nebuplus, Onda TV, entre outras. Essas plataformas abasteciam a maioria das TV Boxes do mercado, incluindo marcas como Duosat e BTV, com alcance global em países como Argentina, Brasil, México e África do Sul, entre outros.
A investigação também apontou que a rede operava por meio de empresas legalmente constituídas em vários países — incluindo Argentina, Brasil, Singapura, China, Colômbia, Estados Unidos e Canadá — com o centro operacional estabelecido na Argentina. Entre as empresas envolvidas estão Valoroso, Space Place Consulting, Goose, BitKernel, Peliplat e FatFish Media, algumas das quais operavam serviços aparentemente legítimos, como Peliplat e Doozy TV.
Um marco na luta contra a pirataria digital
Essa operação faz parte de uma estratégia mais ampla de cooperação internacional contra a pirataria, liderada pela ALIANZA com apoio da LALIGA, que vem sendo desenvolvida há anos. Entre os avanços recentes da iniciativa estão:
A implementação do bloqueio dinâmico por DNS e IP contra sites ilegais.
- A obtenção de ordem judicial para remoção dos aplicativos MagisTV e FlujoTV das plataformas do Google, ainda não cumprida pela empresa americana.
- A organização do primeiro War Room antipirataria na Argentina, coordenado pela LALIGA, reunindo especialistas do Judiciário, técnicos e representantes do setor audiovisual.
- A formação de alianças com plataformas de comércio eletrônico, como o Mercado Livre, que possibilitam colaborações estratégicas.
LALIGA e ALIANZA reafirmam seu compromisso com a proteção dos direitos de propriedade intelectual, o acesso legal aos conteúdos e a sustentabilidade da indústria esportiva e audiovisual em toda a América Latina.
O uso de plataformas piratas representa riscos para o usuário e para a indústria
O uso de plataformas piratas não é apenas crime, mas também representa um risco real aos usuários. Esses aplicativos geralmente estão ligados a redes de fraude digital, facilitando o roubo de dados pessoais, a instalação de malwares em dispositivos e a exposição a golpes. Além disso, seu uso prejudica diretamente o ecossistema esportivo, ao desviar recursos essenciais para o desenvolvimento dos clubes, das competições e da experiência dos torcedores.
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