Após mais de quatro décadas como a voz oficial do esporte na TV Globo, Galvão Bueno abriu o coração em uma entrevista reveladora ao programa Olho no Olho, da Folha de S.Paulo. O narrador esportivo compartilhou detalhes sobre sua saída da emissora, críticas ao futebol brasileiro e seus próximos passos na carreira — incluindo o desejo de comandar um programa de auditório.
📺 Saída da Globo: “Achei um pouco de desaforo”
Com 43 anos de história na Globo, Galvão relatou ter se sentido desconfortável com a forma como sua saída foi conduzida. Segundo ele, a emissora questionou se havia algum projeto para manter o vínculo contratual, o que soou como uma falta de consideração:
“Achei um pouco de desaforo”, afirmou o comunicador.
🌐 YouTube não é suficiente: “Quero fazer televisão no YouTube”
Apesar de ter criado um canal no YouTube, Galvão revelou que não pretende se dedicar exclusivamente ao conteúdo digital. Para ele, a televisão continua sendo sua verdadeira vocação:
“Ficar só no YouTube não deu para mim. Não quero ser youtuber, quero fazer televisão no YouTube”, declarou.
O narrador também mencionou o apoio de Johnny Saad, presidente da Band, que o convidou para trabalhar na emissora com liberdade total de tempo e formato.
⚽ Críticas ao futebol brasileiro e à camisa vermelha da seleção
Durante a entrevista, Galvão não poupou críticas à polêmica camisa vermelha lançada pela seleção brasileira. Ele destacou que sua indignação não teve relação com política, mas sim com o desrespeito à tradição:
“Fiquei puto da vida com essa história. Era uma falta de respeito com a camisa azul, que é tradicional”.
🤝 Ressentimentos com a CBF e sugestão de técnico
Galvão também revelou mágoas com o ex-presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, por não cumprir um compromisso comercial:
“Ele ficou chateado comigo, antes eu fiquei chateado com ele. Ednaldo não teve honra em um compromisso comercial que tinha comigo”.
Além disso, o narrador afirmou ter sido o responsável por sugerir o nome de Carlo Ancelotti para comandar a seleção brasileira.
🎤 O sonho de apresentar um programa de auditório
Mesmo com uma carreira consagrada como narrador esportivo, Galvão confessou que ainda tem um objetivo não realizado:
“Falta um programa de auditório. Acho que seria legal”, disse.
🎰 Casa de apostas e vida pessoal
Sobre seu envolvimento como garoto-propaganda de uma casa de apostas, Galvão foi direto:
“Jogo é um negócio perigoso. Mas a casa que tenho contrato é séria”.
Ele também falou sobre sua relação com a família e a fama de bon-vivant, mostrando um lado mais pessoal e descontraído.
OLHO NO OLHO | Galvão Bueno disse que foi ele quem indicou Carlo Ancelotti para o cargo de técnico da seleção brasileira ao ex-presidente da CBF: "Falei que não tinha outro, a não ser ele". O narrador é o convidado de estreia do Olho no Olho, novo programa de entrevistas da Folha… pic.twitter.com/9tFzeYKHGM
— Folha de S.Paulo (@folha) September 4, 2025
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