Paramount deixa disputa pelos direitos da Libertadores e Sul-Americana 2027–2030; entenda os motivos


Foto: Divulgação

A Paramount decidiu não participar da próxima concorrência pelos direitos de transmissão da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana para o ciclo de 2027 a 2030. A informação foi revelada pelo colunista Gabriel Vaquer, do portal F5, e já representa uma mudança significativa no cenário de mídias esportivas na América Latina.

Segundo a reportagem, a decisão da Paramount faz parte de um amplo processo de revisão estratégica de sua atuação no mercado latino-americano. A empresa já teria comunicado informalmente à Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) e à FC Diez Media — agência responsável pela negociação dos direitos de mídia dos torneios — que não disputará os próximos pacotes de exibição.

O atual contrato da Paramount, que dá à plataforma os direitos para transmitir partidas das duas competições sul-americanas, é válido até o final de 2026.

Embora o serviço de streaming Paramount+ tenha alcançado bons resultados financeiros no Brasil, com retorno suficiente para cobrir os investimentos, a realidade foi bem diferente nos demais países da região. Os prejuízos acumulados nesses mercados acabaram tornando o modelo de negócios inviável para o próximo ciclo contratual.

De acordo com a análise interna da companhia, o retorno financeiro obtido com os direitos das competições sul-americanas não compensou o alto valor investido, levando à decisão de não renovar a participação na disputa pelos direitos.

Ainda em 2023, durante o auge da crise global que afetou os serviços de streaming, a Paramount chegou a avaliar a rescisão antecipada do contrato com a Conmebol. No entanto, os custos elevados associados à multa contratual levaram a empresa a cumprir o acordo até seu vencimento original, no fim de 2026.

Com a saída da Paramount da disputa, novas oportunidades surgem para outras plataformas de streaming e emissoras tradicionais que queiram adquirir os direitos da Conmebol. O cenário a partir de 2027 deve ser marcado por uma maior concorrência entre players consolidados e possíveis novos entrantes no mercado esportivo digital.

A tendência é que a liberação desse espaço promova uma reconfiguração nas estratégias de transmissão de grandes torneios sul-americanos, com impacto direto na experiência do torcedor e nas negociações comerciais entre clubes, patrocinadores e canais de mídia.

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