Em cinco anos, a Algar Telecom pretende dobrar de tamanho. Esta é a aposta da operadora, que foi homenageada hoje pela Câmara dos Deputados pelos seus 60 anos de existência. É. São mesmo 60 anos. O grupo – familiar, mas com um forte componente de profissionalização e inovação – resistiu à estatatização das operadoras à época do regime militar e da construção da Telebras e se mantém firme até hoje. Em breve voltará a ser o único grupo de capital nacional atuando nas telecomunicações brasileiras.
Conforme Luiz Alexandre Garcia, a terceira geração de comando, o caminho traçado pela empresa para dobrar a receita até 2019 é “crescer no setor corporativo, oferecendo os serviços de Voz sobre IP, usando a nossa rede de fibra óptica e acrescentando soluções de TI”. Para o mercado de varejo, a estratégia é o quadruple play, com voz, internet de altíssima velocidade, celular e conteúdo de TV paga.
Presença Latina
Para atender às grandes corporações com serviços de TI e Telecom, a Algar adquiriu em janeiro uma empresa argentina com atuação no Chile, e acaba de abrir escritório na Colômbia. Tudo isto para ampliar os serviços de service desk e help desk para os clientes latino-americanos com presença no Brasil e vice-versa.
Para se manter em meio a um segmento tão concentrado de empresas e de capital, explica Luiz Alexandre Garcia, a fórmula é buscar uma estrutura de custo compatível com a competição.
E esta estrutura, observa, não depende apenas do esforço da empresa, mas também de ações regulatórias. Segundo o executivo, o preço do roaming, por exemplo, precisa ser rediscutido no PGMC (Plano Geral de Metas de Competição).
“Precisamos assegurar o roaming de dados e de voz para os nossos clientes. Estamos aguardando a revisão do PGMC (que ocorre há cada seis meses) com a expectativa de que esses preços fiquem mais adequados”, afirmou o executivo. Para a Algar, a estrutura de custo deve ser competitiva “para que consigamos dar mobilidade a nossos clientes. Hoje ainda temos muitas dificuldades”, assinalou ele.
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